Bazar Coletivo
Sabe aquele vestido pendurado no seu armário há mais de um ano, que você usou apenas duas vezes? E aquela camiseta comprada por empolgação e que nunca saiu do fundo da gaveta? Que tal organizar um bazar entre amigas e vendê-las ou trocá-las por uma peça que você usaria? Em tempos de sustentabilidade, esta tem sido a solução de muitas mulheres para renovar o closet sem afetar o bolso. Cada vez mais comum, o bazar entre amigas tem estimulado o consumo consciente e a reciclagem das roupas, já que peças seminovas são trocadas ou vendidas por um ótimo preço. A estilista e consultora de moda Chiara Gadaleta dá a dica: “Para valer a pena, esqueça o preconceito em relação às roupas usadas. Você pode encontrar peças em ótimo estado e muito bonitas. Procure bastante, experimente, use a criatividade. É possível montar lindos looks apenas com itens de segunda mão. E o melhor, fazer aquela economia”, conta a estilista e consultora de moda Chiara Gadaleta. Fã da ideia,Chiara tem um site sobre a moda sustentável (www.chiaragadaleta.com) e já realizou vários bazares com peças adquiridas em suas viagens. Siga as dicas da estilista e renove seu visual, com diversão e economia.
Como organizar o bazar
- Convide as amigas, bem como as amigas das amigas.
- Faça o convite com, pelo menos, uma semana de antecedência, para que as participantes possam examinar com calma o guarda-roupa. Se quiser, convide as por e-mail.
- Examine o seu armário. Separe as roupas em bom estado que você não usa há mais de um ano. Se você não usou nesse período, dificilmente usará de novo.
- Escolha o local em que fará o bazar. Pode ser a sala da sua casa, o quarto ou o salão de festas do seu prédio.
- Organize as roupas por grupos. Por exemplo: roupas de festa, casacos, calças, saias, e assim por diante.
- Não se esqueça de colocar preço nas peças, para facilitar a vida das compradoras. “Mas coloque um preço justo. Afinal, a ideia é reciclar as roupas, e não lucrar”, lembra Chiara.
- Todos os itens expostos devem estar lavados e passados. Para garantir a aparência de roupa nova, lave-as com Omo Líquido Super Concentrado. Eficiente, ele remove todas as manchas do tecido, deixando a peça limpa, macia e perfumada.
- Exponha bijuterias, lenços e bolsas em locais específicos e de fácil visualização.
- Reserve um local para que as pessoas possam experimentar as roupas com privacidade. Se tiver um espelho de corpo inteiro, melhor ainda.
- A reunião pode ficar ainda mais divertida se você contratar um maquiador ou uma consultora de estilo para dar dicas de maquiagem, moda etc.
- Prepare alguns quitutes para acompanhar. Chá, café e suco, além de bolos e minissanduíches, vão deixar a farra ainda mais gostosa!
Para fazer boas compras, tenha os seguintes cuidados:
- Antes de comprar qualquer peça, pense bem se você realmente precisa dela. Evite comprar apenas porque o preço está baixo. Experimente e avalie se aquele sapato ou vestido fica bem em você.
- Compre itens de tendência, por exemplo, um sapato colorido, apenas se o preço estiver baixo. Lembre-se de que esse tipo de peça logo sairá de moda.
- Verifique o custo/benefício. Algumas peças custam caro, mas são de grife ou de grandes estilistas – e custariam muito mais em uma loja. Se concluir que o preço vale a pena, leve!
- Não compre roupas que precisem de muitos ajustes ou que apresentem defeitos, às vezes, o serviço da costureira custa mais caro que a peça, e o resultado nem sempre fica bom.
- Observe se a roupa está em bom estado. Você quer comprar peças de segunda mão, mas com aparência de seminovas, e não surradas, certo?
Moda e forma do corpo - Mitos e Verdades
A ditadura da magreza e as roupascriadas para modelos cada vez mais magras e que beiram a anorexia cria, na mulher comum, a ideia de que ela jamais poderá usar os vestidos e demais roupas que são mostradas nos desfiles das grifes.
Nada mais errado. Certo ou errado, o importante é entender que silhueta e a forma corporal podem ser valorizadas com essas roupas e bastam apenas pequenos cuidados para evitar exageros e combinações desastrosas que podem enfeiar as mia belas modelos ou mesmo a mulher comum com suas sedutoras formas curvilíneas.
Portanto vamos dar algumas dicas, no estilo “mito ou verdade” para que você entenda com facilidade o que pode e o que não pode ser combinado para dar um visual cheio de graça e de estilo para você. Sejam lá quais forem as suas medidas.
Mulheres mais cheinhas podem usar cintos largos? Mito. Os cintos largos ficam bem em mulheres bem magras porque ressaltam a cintura e marcam os quadris dando uma ilusão visual de seios mais fartos e maior volume de curvas. Colocados um pouco folgados na cintura provocam a ilusão de um quadril maior e mais voluptuoso. Por isso, seu uso por mulheres com um peso maior pode provocar um visual carregado e exagerado que pode resultar em uma silhueta atarracada e exageradamente volumosa.
Vestidos estampados e longos caem bem com todos os tipos de corpo? Verdade. Mas é necessário o bom senso para limitar as estampas de acordo como tipo físico de cada um. Mulheres magras e delicadas não podem usar estampas espalhafatosas e berrantes. Já mulheres cheinhas devem optar por manter o colo a mostra e por estampas de cores escuras como forma de atenuar a silhueta.
Qualquer uma pode usar roupas justas e que valorizem o bumbum? Mito. Depende muito da mulher. Afinal de contas, de nada adianta vestir manequim 48 e tentar entrar num shortinho 40 para dar a ideia de que você é “gostosa”. O visual resultante será vulgar, exagerado e desvalorizará a sua imagem. A coisa ficará ainda pior se você estiver acima do peso e repleta de celulites (que ficarão espremidas e aumentadas pela roupa apertada). Uma roupa justa pode até ser tolerada. Desde que acompanhe o seu manequim e permita um conforto no momento do uso.
Aquelas calças de cintura baixa ficam bem em qualquer mulher? Mito. Mulheres que estiverem acima do peso não podem usar de forma alguma essas calças além de marcar a barriga e provocar aquela horrenda “cascata” de pele que sobra para fora da cintura, esse uso pode provocar distorções visuais e interferir na harmonia dos quadris e até na saúde, provocando aumento da celulite e problemas de circulação.
Usar roupas com comprimento acima do joelho pode alongar as pernas? Verdade. Muitas modelos de passarela abusam desse visual (e do inverso) para parecerem mais longilíneas ou com pernas menos longas, de acordo com o visual que pretendem adotar. Você pode fazer mesmo. Se quiser alongar as pernas, basta fugir dos detalhes horizontais, usar sapatos na mesma cor da calça (ou em tons parecidos); saias, bermudas e vestidos sempre cortados acima do joelho. Se desejar o efeito inverso, é só usar as mesmas peças mais compridas.
Como você pode perceber, bastam pequenos ajustes ou um pouco de informação e todo o arsenal disponível para as super modelos das passarelas pode estar disponível para você que é uma mulher real e encerra beleza em cada curva do seu corpo.
O que é moda sustentável?
A palavra “moda vem do latim modus, e significa “modo”, “maneira”. É um código que tem sido utilizado como uma via de expressão e identificação. Assim, o simples uso das roupas no dia-a-dia ganha um contexto maior, político, social, e até ambiental.
Então o que seria a moda sustentável? Para responder a essa pergunta, temos que se pensar em todo o processo de produção da indústria da moda; desde a utilização de materiais orgânicos à valorização de mão de obra local, o que reduz a emissão de gás carbônico.
Utilização de produtos orgânicos
Sabe aquela sua camiseta de algodão? Você deve imaginar que ela é uma roupa ecologicamente correta, certo?
Saiba que para confeccionar uma camiseta de 250 gramas, na China, utiliza-se, em média, 160 gramas de agrotóxicos, e que a maioria dos resíduos produzidos na fabricação da camiseta são despejados em rios. Falando em água… o processo de fabricação de apenas uma calça jeans consome a mesma quantidade de água que uma pessoa precisa para viver durante um ano. Para que sua camiseta de algodão seja realmente sustentável, ela deve ser feita com algodão orgânico, para produzi-lo é necessário evitar o seu contato com produtos químicos e sustâncias tóxicas.
Upcycling
Em uma tradução livre, upcycling significa valorização do ciclo. Trata-se do reaproveitamento/reciclagem de materiais em fim de vida útil, transformando-os em algo novo. Algumas técnicas de upcycling estão sendo usadas na reutilização de garrafas PET para fabricação de ternos, conhecidos como Eco-tux.
Uma técnica mais popular, e uma das mais antigas de upcycling, é a customização de roupas; cortar aquela calça fora de moda, tingir uma camisa velha, pregar um botão, e assim transformando o que não se usa mais em roupa nova.
A moda sustentável já invadiu o mundo fashion. Durante a São Paulo Fashion Week, o estilista Alexandre Herchcovitch mostrou em sua coleção masculina peças confeccionadas com tecido EcoSimple, feito com técnicas de upcycling.
Já o estilista Ronaldo Fraga, utilizou de algodão orgânico cru, e também de rendas feitas por artesãs paraibanas e bordados por cooperativas de Pernambuco e por artesãs de Minas Gerais.
A seguir uma lista sobre Moda e Sustentabilidade feita com informações do site FashioNYC:
1- A produção de couro para roupas, bolsas e sapatos está entre as que mais poluem o meio ambiente. Isso porque, para amaciar o couro, são usadas toneladas e mais toneladas de sal, entre outros produtos. Esse sal é dissolvido em água, que vai parar no solo. Anos e anos de produção provocam o acúmulo de água salgada em regiões onde o sal não é parte do ecossistema.
2-Cerca de 8 mil tipos de produtos químicos são usados para transformar matéria-prima bruta em tecidos. Muitos desses produtos provocam danos irreversíveis na humanidade e no meio ambiente.
3-Mais de 11 milhões de toneladas de poliéster (isso mesmo, dá 11 bilhões de quilos) são fabricados por ano. O processo de produção deste tecido demanda um consumo de água muito pequeno, mas, por outro lado, exige uma grande quantidade de energia. As fibras do poliéster não são biodegradáveis, mas ele é reciclável.
4-O simples uso de uma camiseta básica pode despejar na atmosfera 4 kg de dióxido de carbono durante toda a útil da roupa. Isso acontece se ela for sempre lavada a uma temperatura de 60º C, for secada em secadora e passada a ferro. No Brasil, não temos o hábito de usar secadora, mas essa maquininha destruidora de roupas é hábito em vários países, inclusive os EUA.
5-Quase 100% dos tecidos existentes são recicláveis, e a indústria que faz essa reciclagem é capaz de reaproveitar mais de 90% das roupas descartadas. Isso é feito sem gerar subprodutos nocivos ao meio ambiente.
E você? Sabe fazer moda sustentável? Crie uma dica de moda sustentável, customize uma roupa, ou use outras técnicas.
Leia Mais...
https://essetalmeioambiente.com/moda-sustentavel-uso-das-ecobags/
Como usar a moda a seu favor de maneira criativa
Moda é o assunto preferido das mulheres, por isso o assunto está sempre em pauta nas rodinhas femininas, hoje a palavra está mais relacionada à maneira de vestir: o modo como as pessoas se vestem significa moda. Sendo assim, a moda está todos os lugares aonde vamos, desde o trabalho até os compromissos sociais.
Já ouvi centenas de reclamações de mulheres baixinhas, gordinhas ou mais velhas dizendo que no mercado só são vendidos artigos para o tipo de mulher que se encaixa nos padrões de beleza da moda, e que para elas, as "normais", não há nada.
Será que as grandes marcas e estilistas desenham suas coleções pensando na mulher comum ou se baseiam em estereótipos de beleza? E será que realmente temos de prender em vestir certas roupas só porque terceiros desenharam a moda? A maneira que gostamos de nos vestir ou de viver deve ser a mesma de uma celebridade ou de uma manequim alta, magra e com um certo look para sermos elogiadas ou apreciadas pela sociedade?
E a sua personalidade e seu próprio estilo, onde ficam? Geralmente ninguém que você conhece ou vê na rua se veste no dia-a-dia como se estivesse em um desfile de um grande estilista. E pouquíssimas pessoas têm dinheiro para pagar a alta costura, além de ter um corpo raro de modelo.
A grande maioria das mulheres faz a moda de acordo com o que tem no guarda roupa e com o que o orçamento dá para adquirir. Já a moda dos estilistas é bem apreciada pela mídia, pois as pessoas gostam de ver e mostrar novidades. Mas não é por isso que você deve se constranger por não estar “na moda”.
Caso pense que não está adequada em seu modo de vestir, não se esqueça que nós, mulheres "normais", também fazemos moda. Devemos nos orgulhar em vestir o que for mais conveniente, sem se preocupar se estamos dentro dos biotipos de beleza atuais. Ditar a nossa própria moda, usando o que nos faz sentir bonitas, de acordo com nossa personalidade, é que pode e deve ser a maneira de nos vestir.
E para que isso aconteça de forma mais divertida, vão aqui algumas dicas:
1 - Use sua curiosidade + sua criatividade e...voilá! Você achou sua personalidade no modo de se vestir.
2 - Delicie-se com o que você tem no guarda-roupa: ponha todas as suas roupas e acessórios lado a lado para ver o que há disponível, e depois os misture uns com os outros para ver o que combina melhor. Essa é uma ótima dica para você estar sempre variando e usando combinações que nunca pensou antes.
3 - Use cores que façam você se sentir bem, de acordo com o seu humor ou com o dia: caso esteja chovendo, use vermelho para contrastar com a falta de luz. Ou use cinza para combinar com o clima frio, mas coloque um acessório contrastante, isso vai dar um gostinho apimentado ao vestuário.
4 - Combinações divertidas de cores fazem você ser única em qualquer lugar: verde bandeira com rosa pink puxado para o lilás, azul rei com vinho, marrom com amarelo, branco com prata... Ou se inspire nas flores que dará tudo certo. O que vale é a imaginação!
O importante mesmo é você saber que tem em mãos o poder de fazer sua própria moda, sem ser contestada. Aliás, quando você se conhece e sabe o que faz você se sentir bem, independente do que as lojas estão vendendo, você aparece em qualquer lugar como uma “mulher diferente”, que tem personalidade. E você já deve ter percebido que quando notam e elogiam como você está vestida, é porque está sendo única e criativa.
O sucesso das compras pela internet

Fazer compras pela internet pode ser uma grande descoberta. Especialmente se você está se aventurando pelo mundo da moda. Alguns sites oferecem peças de grifes com descontos de arrasar – uma ótima pedida para o seu bolso e para o seu guarda-roupa. Mas, ao navegar pelo mundo virtual, não se esqueça de verificar se ele tem o selo de certificação da e-bit, que funciona como um Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) do universo digital.
O Outlet Online é um desses desses portais que fazem a cabeça dos consumidores antenados em moda. Oitenta porcento das pessoas que acessam a loja são mulheres,que preferem ter a comodidade e segurança de fazer as compras on-line e gastam o resto do tempo com outras coisas.
Com descontos que podem chegar a 90%, o Outlet Online vende roupas e acessórios de duas ou até três coleções passadas das grifes. Se você é daqueles que faz muitas compras, vai gostar do site: ele tem um programa de fidelidade, em que pontos podem ser trocados por produtos. Cinco por cento do valor de cada peça vira pontuação.
Outro portal bem-sucedido é o Posthaus, que há dois anos decidiu apostar na web. A gerente de e-commerce da empresa, Taísa Bornhofen, explica que, para driblar a falta de padronização de tamanhos dos manequins no Brasil, foi preciso desenvolver uma estratégia própria.
"Toda marca tem uma tabela de tamanhos específicos com busto, cintura e quadril, com instruções de como a cliente deve medir. Depois, é só ver em que tamanho se encaixa. Isso dá certo em 95% dos casos", conta. Para ela, as compras pela net são um caminho sem volta, porque, além do conforto, facilitam o dia a dia dos clientes, já que é possível encontrar tudo no mesmo site.
Neste mundo virtual tem até clube de compras, restrito aos sócios. O Superexclusivo é um deles. Para se associar, é preciso receber convite de um membro, e cada um pode chamar até cinco amigos, explica Thiago Santos, um dos proprietários do portal.
O empresário afirma que o clube é fechado por exigência dos fornecedores, já que as promoções podem afastar os clientes das lojas físicas. Mas, uma vez que você se torna um integrante, os descontos de roupas e acessórios de marca chegam a 70%. Sempre em itens de coleções passadas.
Se o cliente não gostar do produto comprado, todas as lojas virtuais fazem trocas ou devolvem o dinheiro. Lembre-se, porém, que roupas e acessórios de grife não são produzidos em grande volume. Por isso, a reposição pode ficar prejudicada pelo estoque limitado das peças.
Quando comprar vira uma doença

Caixas de sapatos novos, empilhadas. Roupas tomando quase todo o armário, muitas delas ainda com a etiqueta da loja. Prateleiras e mais prateleiras com produtos guardados, às vezes quase escondidos. Assim é a casa de um comprador compulsivo: pode até ser organizada, mas está cheia de coisas que ele não usa. Já sua vida financeira é o contrário: cheia de coisas que usa (cheque especial, inúmeros cartões de crédito), porém completamente desorganizada (os limites de crédito estão todos estourados).
Pessoas com esse perfil fazem parte de uma legião crescente, que ganhou até nome específico na ciência: oneomania. Embora os estudiosos tenham buscado uma palavra do grego antigo (one, que quer dizer compra) para batizar essa mania, trata-se de um problema bem moderno. Ganhou relevo nos últimos 20 anos, devido à maior oferta de crédito, à distribuição desenfreada de cartões, ao desenvolvimento de compras via telefone e, mais recentemente, via internet – quantos produtos estão só a alguns cliques do nosso alcance? E também devido à sucessão de lançamentos das mais variadas mercadorias, logo substituídas por outras.
Os compradores compulsivos são aqueles que têm dificuldade em avaliar a real necessidade de uma aquisição. "Compram para satisfazer um desejo ou para aliviar a ansiedade ou a depressão. Adquirem coisas que não usam, de vez em quando até duas vezes o mesmo artigo, porque não percebem que já tinham", explica a psicóloga Tatiana Filomensky, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP, que presta atendimento gratuito aos portadores desse transtorno.
Para essas pessoas, levar um novo item para casa é uma espécie de bálsamo para os problemas, já que ativa o sistema de gratificação cerebral, responsável por liberar neurotransmissores que levam à sensação de felicidade. "Eles ficam dependentes desse sentimento", diz Tatiana. "Escondem que estão comprando. Vão às lojas no horário de almoço para ninguém da família desconfiar, mas se arrependem logo depois da aquisição”, completa.
Nos Estados Unidos, 6% dos consumidores são gastadores compulsivos, segundo uma pesquisa da Universidade Stanford. No Brasil, não há estatísticas sobre isso. O Instituto de Psiquiatria da USP atende 60 pessoas por ano, mas tem fila de espera. A maioria – quatro em cada cinco pacientes – é mulher. Os itens consumidos variam: bolsas, sapatos, acessórios e roupas para elas; e artigos para o carro, relógios e equipamentos eletrônicos para eles.
Poucas pessoas que sofrem desse distúrbio conseguem perceber quando passaram do limite – é difícil para elas diagnosticarem que estão com um problema. “Consumir é uma ação muito comum no dia a dia, até incentivada. O indivíduo demora a perceber que tem algo a mais, que sua falta de controle é atípica, que não tem um desvio de caráter, mas uma doença”, afirma Tatiana.
Um dos sintomas é a impulsividade — não resistir a uma promoção, por exemplo, comprar algo sem pensar, mesmo que o dinheiro esteja curto e mesmo que saiba que nunca vai usar. Ou contrair dívidas atrás de dívidas, e continuar adquirindo itens supérfluos mesmo que a conta bancária já esteja estourada. Outro sinal de problemas é lançar-se a subterfúgios para gastar mais: ir às lojas escondido dos familiares e fornecer informações falsas para ter o crédito aprovado, por exemplo. Se perceber que você ou alguém de sua convivência está passando por problemas desse tipo, lembre-se que há tratamento.
No instituto da USP, os pacientes passam por uma avaliação psicológica para identificar se o impulso está ligado a problemas como ansiedade e depressão ou transtorno alimentar (peso excessivo ou bulimia). Depois, fazem terapia em grupo e são acompanhados por um psiquiatra, o que significa dizer que, às vezes, o tratamento tem de envolver remédios. Não que haja um comprimido que faça a pessoa parar de comprar; o medicamento é voltado aos sintomas que acompanham o distúrbio, como a depressão.

“A educação financeira também é importante, pois o endividamento é consequência inevitável da compulsão por compras”, destaca a assessora técnica da Diretoria Executiva do Procon-SP, Vera Lúcia Remedi. Percebendo o aumento desses casos, o órgão criou o Núcleo de Tratamento ao Superendividamento, que dá orientações sobre como quitar dívidas. Isso inclui, por exemplo, fazer uma lista discriminando os gastos fixos, de modo a identificar mais facilmente o que é supérfluo, e jamais pegar um empréstimo para pagar outro (leia outras dicas na matéria Como organizar seu orçamento doméstico).
Para verificar o que está pesando mais no seu bolso, recorra também à Balança Doméstica, de VITAL. Você informa a renda do domicílio, o número de moradores e quanto gasta em áreas como alimentação, saúde, transporte, habitação, higiene e limpeza, lazer e cultura, vestuário e educação. A ferramenta consolida seus dados e mostra em quais setores suas despesas estão acima de seu perfil financeiro. Ela pode apontar, por exemplo, que você está gastando 20% a mais em lazer do que o ideal, e indica alguns itens que podem estar elevando seus desembolsos. Assim fica mais fácil controlar as contas e driblar futuras dívidas.
A moda nunca foi tão abrangente como nos dias de hoje
Se prestarmos atenção ao que está acontecendo ao nosso redor, a como as pessoas se vestem, ao gigantesco mundo da moda, percebemos facilmente que quase tudo está na moda. cintura alta, cintura baixa, pantalonas, calça skinny, slim, flare, saia longa, curta. Quanto às texturas, liso ou trabalhado, tanto faz. E as cores, podemos passear pelas cores sem medo de errar, do roxo ao off white. Se formos falar de estilo. Ah, os estilos são muitos… Casual, romântico, sensual, hippie, étnico, boêmio, folk, punk, vintage, boho chik etc.
Assim fica fácil estar sempre na moda sem perder nossa personalidade. É só identificar o que tem a nossa cara, sem esquecer do nosso biotipo. Sim, porque já pensou uma baixinha usando um vestido pink com um cinto largo preto e uma gladiadora?? Nossa, ela criou blocos dela mesma, dividindo seu corpo em vários pedaços e assim a veremos mais baixinha do que ela é de fato… Então, temos que usar a moda a nosso favor, usando sempre o bom senso na hora de compor os looks.
A moda, com toda a sua diversidade, está a nosso favor como nunca esteve. Temos inúmeras opções, só precisamos ter a sensibilidade de perceber o que é para a gente e o que definitivamente não é. E o estilo tem que ser aquele que faça a gente estar mais a vontade ao usá-lo. Não deve parecer que estamos usando só porque está na moda. Os amigos as vezes ajudam na identificação do nosso estilo quando eles falam coisas do tipo: “achei essa blusa a sua cara” ou “comprei esse echarpe porque lembrei de você quando vi”.
Precisamos seguir a moda? Sim! Porque não? Mas não podemos deixar de sentir e de seguir nossa intuição. Temos que estar condizentes com o nosso interior e com a mensagem que queremos passar através da nossa aparência.
A tirania da moda
Um rosto lindo, com 1,79 cm de altura e 52 quilos... essa é a nossa top model Gisele Bündchen que arrasa nas passarelas do mundo fashion.
Gisele pertence àquele pequeno grupo de pessoas que julgamos, hoje em dia, abençoadas por Deus. São as magras naturais, que podem se esfalfar de comer pizzas, macarronadas e tomar imensos e superenfeitados sorvetes que a balança se recusa a marcar um miligrama a mais.
Digo que são abençoadas, hoje em dia, porque nem sempre se festejou essa magreza natural. Seu sucesso me fez lembrar uma amiga de minha mãe que conheci lá pelos anos 50, com um rosto tão ou mais belo e medidas muito próximas às da Gisele e que vivia tomando toneladas de Deca Durabolim (um remédio para engordar, muito usado naqueles anos) que não lhe trazia um grama de resultado. Lamentava e amaldiçoava sua sina.
Quando ouço os aplausos que as top models recebem, lembro que a única coisa que naquele tempo ela recebia eram delicados apelidos, assim como: "vara-pau", "vara-de-mudar-estrelas", "espicho", "pau-de-coçar-a-lua", "fio-de-linha", "pau-de-virar-tripa" e outras amabilidades. Hoje, penso que seu nascimento foi um erro temporal.
É um pequeno número de top models que têm a sorte de serem magras naturalmente como a Gisele e outras do mundo fashion. A maioria mantém aquela magreza esquálida à força, à custa de muita fome e renúncias. Muitas mentem dizendo não fazer dieta e que comem de tudo, outras partem para o caminho das anfetaminas e outras drogas para não sentirem fome. Não raro desembocam em distúrbios alimentares, desenvolvendo anorexia e bulimia, doenças que tem taxa de mortalidade entre 15 a 20%.
A anorexia nervosa é um mal em que a pessoa pára de comer e mesmo em extrema magreza se pedir para que desenhe a si mesma, ela desenha uma pessoa gorda. Já na bulimia a pessoa tem um descontrole alimentar em que come exageradamente e depois provoca o vômito e abusa de laxantes e diuréticos. Há históricos de pessoas que tomam vinagre e até detergente na obsessão de se livrarem da gordura ingerida.
Quando, nos anos 60 apareceu a Twiggy com suas olheiras escuras e sua magreza doentia, todos levaram um susto e poucas foram as que a imitaram. Foi só no início dos anos 90 que a inglesa Kate Moss através da mídia começou a influenciar as adolescentes, passando a ser o tipo ideal de beleza, levando-as a adoecerem de inanição e a uma malhação desenfreada e compulsiva pelo mundo todo. Estudos sinalizam que esses distúrbios podem conter fatores genéticos e emocionais com históricos de problemas de ordem familiar ou individual, que vão desde pais perfeccionistas à auto flagelação cuja recusa aos alimentos é o sintoma de um conflito que reflete uma imagem corporal deformada.
Mas, não há dúvida que esse padrão de beleza esquelético tem influenciado significativamente no comportamento de meninas, principalmente entre as idades de 11 a 18 anos como desencadeante desses males. Aqui no Brasil uma em 250 adolescentes apresenta o distúrbio; nos EUA, uma em cada 100. Na Argentina, adquiriu caráter epidêmico, com 10 em cada 100 meninas.
Aquela magreza de passarela é inadequada aos viventes comuns, pois estão 23% abaixo da média. São muitas as aspirantes a top models que procuram imitar La Bündchen. Em 1999, a revista Veja disse: "A cada ano desembarcam em Nova York cerca de 300 meninas loucas para se tornarem uma Gisele Bündchen. Quase todas se desiludem". Hoje, com seu sucesso na vida profissional e pessoal o número deve estar muito maior.
Uma coisa interessante é que enquanto as meninas se deformam visualmente para imitar as top models e tornarem-se falsas magras, quando as vêem em passarelas, o comentário que geralmente os rapazes fazem é: "Esquisitas! Eu prefiro com mais carne para pegar".
Transforme lixo em artigos de moda

Depois do almoço você deixou a dieta de lado e se rendeu a um delicioso chocolate, cuja embalagem foi para no lixo? Ao descartá-la, você perdeu uma grande oportunidade de contribuir com o meio ambiente.
Há nove meses no Brasil, a empresa norte-americana TerraCycle transforma embalagens de produtos que consumimos no dia a dia em bolsas, cadernos, porta-retratos e guarda-chuvas que são vendidos a preços acessíveis. O projeto segue o conceito do lixo patrocinado, que não precisa extrair matéria-prima da natureza para desenvolver novos artigos e, por isso, reduz em pelo menos 80% a emissão de CO2 na atmosfera.
Em resumo, a técnica (também conhecida como upcycling) adiciona valor ao que iria parar em aterros sanitários sem precisar utilizar nenhum processo químico.
A empresa foi fundada em 2001 pelo então estudante de 19 anos Tom Szaky, da Universidade de Princeton. No começo, ela atuava no ramo de fertilizantes químicos, mas em pouco tempo expandiu-se para virar uma companhia com produtos variados e amiga do meio ambiente. Hoje, ela está presente em 11 países.
Em seu portfólio estão mais de 300 produtos criados com embalagens de clientes como Pepsico, Kraft Foods, Nestlé, entre outros.
A TerraCycle não trabalha apenas em parceria com empresas. Os resíduos são transformados graças à ajuda de pessoas comuns que querem fazer a sua parte para um mundo melhor.
As embalagens são coletadas por “brigadas”, que são programas de coleta para tirar do meio ambiente materiais difíceis de reciclar. Elas são formadas por cidadãos que se cadastram no site da empresa e tudo que é coletado é transformado em um novo artigo.
Existem brigadas para diferentes tipos de embalagens, que vão desde sacos de refresco em pó até pacotes de papel. Depois de se inscrever, basta enviar os resíduos depois de utilizar para a empresa. A participação é gratuita, pois as despesas de envio são pagas pela TerraCycle.
A iniciativa não ajuda somente a natureza, mas também faz bem para quem precisa. Para cada embalagem recebida, a organização paga 2 centavos para uma instituição sem fins lucrativos que você escolher. Por isso, quanto mais, melhor.
O esforço coletivo parece ter dado certo. Em apenas um ano de atividade no Brasil, já existem 132 mil pessoas cadastradas nas brigadas de coleta. Esse público conseguiu enviar mais de 1,6 milhão de embalagens, que já foram reutilizadas. Se forem contabilizados apenas os resíduos de chocolates, a soma chega a 130 mil unidades. Mas ainda há muito para ser feito.
Ir às compras também é uma forma de ajudar. Os produtos originados do upcycling podem ser adquiridos na loja virtual do WalMart e GiftExpress.
Da Tv para as ruas

Se no século XIX os folhetins ditavam moda – com os romances publicados em capítulos e suas gravuras ainda em preto-e-branco –, hoje em dia esse papel cabe às novelas. Muita gente aderiu à febre das sandálias com meia de lurex de "Dancin' Days", de 1978, ou às franjinhas de Maria do Carmo, a personagem de Regina Duarte em "Rainha da Sucata", de 1990. E como esquecer o turbante da viúva Porcina (Regina Duarte), de "Roque Santeiro", ou dos anéis e dos olhos marcados da Jade (Giovanna Antonelli), de "O Clone"?
Mesmo com o surgimento da internet e de novas tecnologias, as novelas ainda influenciam a moda e o comportamento dos telespectadores. "O público se identifica com a trama, o que ajuda a construir sua visão de mundo", afirma a especialista, integrante do Observatório Ibero-americano da Ficção Televisiva.
Em relação às tendências de moda, a influência das novelas é tão grande que a Rede Globo criou um setor especializado em vender itens exibidos em sua programação. Trata-se da Globo Marcas, que comercializa linhas de roupas e acessórios inspirados em suas principais produções. Os preços também são acessíveis. É possível comprar esmaltes de "Ti-ti-ti", que acabou há pouco, por apenas R$ 3,90 (mais frete).
O estilo acaba se refletindo nas ruas, as saias e calças de cós alto, o cinto marcado e as blusas frente única da Arminda [Bianca Rinaldi], por exemplo, inspiram muitas executivas, e o visual fica elegante e sofisticado, com uma pontinha de sensualidade.

Calça de cós alto de Arminda usado por Bianca Rinaldi inspiram executivas.
Já a mocinha Filomena (Liliana Castro) tem muito dos looks das "patricinhas paulistanas", nas palavras do stylist. "Ela usa vestidos pretos, com influência dos anos 1950 e 1960, e roupas pouco chamativas. Seus acessórios também são discretos, com joias feitas de prata – ela nunca usa ouro", conta o figurinista.
E de onde vem a inspiração para compor os personagens? Além de absorver muito do que é usado nas ruas, as novelas são influenciadas pelas apostas dos estilistas da São Paulo Fashion Week, principal evento de moda do país. "Por isso é comum estilos de personagens de novelas de emissoras diferentes se cruzarem, porque todos também buscam inspiração no que é visto nas passarelas", afirma Claudio.
Os visuais das personagens Natalie (Deborah Secco) e Carol (Camila Pitanga), de "Insensato Coração", estão entre os mais populares da trama. A cor do cabelo de Deborah, que interpreta uma ex- participante de reality show na novela, é um dos itens que mais chamam atenção das telespectadoras. Para chegar a esse tom, o cabeleireiro Marcos Proença, responsável pelos cabelos da atriz, usou três tonalidades de louro: dourado, mel e claríssimo. Além disso, os fios foram alongados com 30 centímetros de megahair.
A atriz mostra toda a sua boa forma em shorts e saias curtas, blusas decotadas e com acessórios chamativos. Um grande contraste em comparação com a clássica Carol, que exibe um estilo mais sofisticado. Vestidos tubinho, pantalonas com a cintura marcada por cintos, acessórios discretos e chapéus elegantes são os aliados da executiva.
Para interpretar a personagem, os cabelos de Camila Pitanga ficaram mais curtos e desfiados. E você pode conseguir o mesmo efeito. É só apostar em linhas para controlar os cachos, que transforma os cabelos rebeldes em cachos definidos com movimento natural.
